A região em que se localiza a floresta Amazônica é considerada umas das zonas mais ricas de todo o planeta. Abundante incidência solar, em água potável e em biodiversidade, a Amazônia é um tesouro vivo que precisa ser bem cuidado e conservado.
Infelizmente, nos últimos tempos, as notícias que surgem diante do que acontece por lá não são positivas. Entretanto, no meio da negatividade, surgem iniciativas e projetos com o objetivo de manter o patrimônio e promover o desenvolvimento socioeconômico da região e, ao mesmo tempo, garantir que seja um desenvolvimento sustentável, tanto em termos ambientais quanto sociais.
O que é a Amazônia Legal?
É neste contexto que nasceu a Amazônia Legal. Depois de uma análise da estrutura e da atual conjuntura da região, notou-se uma necessidade de desenvolver a região delimitada por questões sociopolíticas e não exclusivamente geográficas.
Para se ter uma ideia, a floresta amazônica ocupa em torno de 49% do território brasileiro e está presente em 8 países vizinhos.
Entretanto, a Amazônia Legal vai além:
- Ocupa uma área de 5.217.423 km²;
- A área corresponde a 61% do território nacional;
- Além do bioma amazônico, abraça 20% do cerrado e parte do Pantanal;
- A região alcança 21.056.532 habitantes (12,4% da população);
- Também alcança 55,9% da população indígena do Brasil (aprox. 250 mil pessoas);
- Está a Bacia Amazônica (maior bacia hidrográfica do mundo);
- 3 biomas;
- 40 mil espécies de plantas;
- Mais de 400 espécies de mamíferos;
- Mais de 1.300 espécies de pássaros;
- Mais de 3.000 espécies de peixes;
- Milhões e milhões de espécies de insetos.
Para auxiliar no entendimento da magnitude, do valor e da importância da região, listamos aqui os nove estados em que a Amazônia Legal vai impactar. São eles:
- Acre;
- Amapá;
- Amazonas;
- Mato Grosso;
- Pará;
- Rondônia;
- Roraima;
- Tocantins;
- Maranhão.
O Desenvolvimento da Amazônia Legal
Para incorporar a região que sempre foi pouco povoada e pouco desenvolvida, a Lei 1.806, de 06/01/1953 anexou à Amazônia Brasileira, os estados do Maranhão, Goiás e Mato Grosso.
O recurso criado pela lei também definiu que a área seria denominada de Amazônia Legal, e por meio dela os esforços para combater o subdesenvolvimento econômico seriam concentrados naquela parte do país.
Em 1966 surge a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), órgão que gerencia programas e planos de outros órgãos federais, tanto no planejamento quanto na execução das atividades.
A atual forma geográfica e política da Amazônia Legal foi definida pela Constituição de 1988, que incluiu Tocantins, Roraima e Amapá. Hoje a região é de responsabilidade de uma nova gestão da SUDAM, uma autarquia federal criada pela Lei Complementar n°124, de 3 de janeiro de 2007 e vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Os principais desafios
Como já foi dito anteriormente, os impactos ao meio ambiente provocados por tentativas de desenvolvimento e integração da região amazônica à economia brasileira são sentidos e serão sentidos durante algum tempo.
A exploração de madeira, avanço na criação de gados e plantações são os principais responsáveis pelo extermínio do ecossistema. O Brasil ainda carece de tecnologias, conhecimento e até mesmo bom senso para que os recursos naturais sejam aproveitados de maneira sustentável e não predatória, como é hoje.
Somado às questões anteriores, também há o crescimento de projetos voltados para a produção de energia por meio de hidrelétricas e na mineração. Ambos, com ocorrência até em áreas protegidas, também aceleram o processo de destruição da Amazônia, das suas espécies e de terras e tribos indígenas.
O conflito de interesses na região é grande e atrai interessados em aspectos como:
- Proteção ambiental;
- Direitos indígenas;
- Reforma agrária;
- Reforma fundiária.
E outros.
Os benefícios do Banco da Amazônia para a Amazônia Legal
A história do Banco da Amazônia está diretamente relacionada com o desenvolvimento econômico da região amazônica nas últimas seis décadas.
O Banco foi criado em 9 de julho de 1942 com o nome de Banco de Crédito da Borracha. Sua missão era financiar os seringais da região, a fim de abastecer os países aliados durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1950, através do Lei nº 1.184, de 30 de agosto, o governo federal transforma o Banco de Crédito da Borracha em Banco de Crédito da Amazônia S.A, ampliando o financiamento para outras atividades produtivas e assumindo contornos pioneiros de banco regional misto, a partir da implementação do Primeiro Plano de Valorização Econômica da Amazônia e dos novos pólos de crescimento propiciados pelo Governo Juscelino Kubitscheck com a abertura da rodovia Belém-Brasília.
Em 1974, é alçado a agente financeiro do Fundo de Investimento da Amazônia (Finam), administrado pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), atuando na expansão da fronteira agrícola e no avanço da industrialização regional.
Como gestor do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), criado em 1989, possibilita aos mini, micro e pequenos produtores e empresários da região o acesso a uma fonte permanente e estável de financiamentos de longo prazo, com encargos diferenciados, resultando no crescimento de postos de trabalho e da geração de renda.
Atualmente, com uma atuação voltada para o desenvolvimento sustentável da Amazônia Legal, por meio da definição de critérios rigorosos na análise do crédito. Modernização tecnológica, expansão da rede de atendimento e foco em soluções financeiras para o cliente, tanto Pessoa Física como Pessoa Jurídica.
Em 2002, a Instituição deixou de usar a antiga sigla BASA para reforçar o nome da Amazônia para investidores internacionais e o importante papel do Banco para o crescimento econômico da região, baseado na sustentabilidade.
No entanto, em 2019, o Banco da Amazônia volta a utilizar a sigla BASA, após constatar que ainda é muito forte a percepção que seus clientes têm em relação ao valor dessa marca para o consumo de seus produtos e serviços.
O Banco da Amazônia, além de carregar o nome, também carrega a missão de desenvolver a Amazônia Legal de forma sustentável e responsável para que as gerações futuras do Brasil e do mundo possam desfrutar de todas as possibilidades que a maior floresta tropical do planeta oferece.